9 de maio de 2013

Origami - AS DOBRADURAS NO ENSINO DA MATEMÁTICA


Hoje a matemática é cada vez mais solicitada para descrever, modelar e resolver problemas das diversas áreas humanas, porém nem sempre é fácil mostrar aos estudantes aplicações interessantes e realistas dos temas a serem tratados ou motivá-los com problemas contextualizados (assim como as questões do ENEM).
O ensino via dobradura é antigo, iniciou-se com Friedrich Forbel( 1782-1852). A dobradura pode ser obtida observando uma sequência de passos orientada pelo instrutor (visual ou oralmente), que a realiza passo a passo e acompanhado pelos alunos , num processo de ação reflexão, observando-se então os conceitos e ideias geométricas presentes nesse processo. O Origami e suas sequências de dobras são atualmente estudados na engenharia computacional, criando uma área de pesquisa conhecida como computacional origami. Ela é a intersecção entre a ciência da computação e a matemática do origami, e desenvolve algoritmos que tratam da resolução de problemas relacionados à dobragem de papéis. De acordo com Rego, Rego e Gaudêncio (2003, p. 18):
O Origami pode representar para o processo de ensino/aprendizagem de Matemática um importante recurso metodológico, através do qual os alunos ampliarão os seus conhecimentos geométricos formais, adquiridos inicialmente de maneira informal por meio da observação do mundo, de objetos e formas que o cercam. Com uma atividade manual que integra, dentre outros campos do conhecimento, Geometria e Arte.
A dobradura em aula pode ser utilizada para trabalhar além dos conceitos de geometria, podendo servir para ilustrar histórias contadas, para criação de trabalhos escolares em Artes e Ciências, para fazer máscaras... Mas, principalmente, para viver com o aluno um momento de interiorização, de criação, de expressão de estados emocionais, de contato consigo mesmo, na riqueza de conteúdos internos que são solicitados e elaborados no momento da execução.
O trabalho com dobraduras é enriquecedor, no que se refere também, às inúmeras possibilidades que ele oferece nos diversos ramos da Matemática. Além de toda a exploração geométrica que é possível fazer com o Origami, as noções de proporcionalidade, frações, aritmética, álgebra e funções, além de outras, são fortemente evidenciadas nesta prática. A que se salienta que o aluno tem preferências significativas por este tipo de abordagem, uma vez que, envolve o lúdico, a manipulação e o prazer de aprender.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática (1998, p.126), “as atividades de geometria são muito propícias para que o professor construa junto com seus alunos um caminho que a partir de experiências concretas leve-os a compreender a importância e a necessidade da prova para legitimar as hipóteses levantadas. Para delinear esse caminho, não se deve esquecer a articulação apropriada entre os três domínios: o espaço físico, as figuras geométricas e as representações gráficas, fazendo-se necessário um trabalho de excelência explorando o tema espaço e forma”.Vejamos abaixo alguns exemplos de dobraduras:







Construindo a gaivota:




Processo de construção:

                                                                                                      

Construindo a tartaruga:































Aprendemos nessa matéria a confeccionarmos  dobraduras como figuras artesanais. Na próxima matéria aprenderemos a utilizar esse importante recurso na construção de  polígonos regulares e trabalharmos suas propriedades.

Por: Josué Daniel da Silva Severino - Monitor de Matemática do Contraturno

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